Neste Natal de 2025, na Fazenda Matina, acendemos uma chama singela.
Ela queima em uma quenga de coco, alimentada pelo aroma sereno do alecrim.
Parece apenas uma pequena luz, um perfume no ar, um detalhe na decoração. Mas, esta chama é o símbolo do que somos: frágeis e temporários, mas capazes de iluminar, de aquecer, de transformar o que está ao nosso redor.

O coco, que um dia sustentou vida, agora sustenta esta luz — um ciclo que não termina, que se regenera.
O alecrim, com sua fragrância que clareia a mente, nos lembra que despertar é também um ato de atenção: ao que comemos, ao que consumimos, ao que deixamos para trás.

Estamos diante de um tempo crucial.
A crise ambiental não é um cenário distante — é uma questão ética que bate à nossa porta, que se reflete na mesa vazia, no rio poluído, no clima imprevisível.
E cada escolha nossa, por menor que pareça, é um voto pelo mundo que queremos habitar.
Esta chama é um convite à vigilância amorosa.

E que o alecrim queimando em chama simbólica na casca do coco continue acesa em cada gesto, em cada escolha, e inspire não apenas um Natal, mas um ano inteiro de consciência, regeneração e ação coletiva.  

Um afetuoso abraço e um Feliz Natal iluminado para todos que fazem parte desse despertar.  
Seguimos em rede, com esperança ativa.